Dados e clientes: ativos mais importantes do seu varejo, principalmente em época de coronavírus
Há pouco tempo escrevi um artigo sobre "ele", nada mais nada menos do que o cliente — aquele que faz qualquer negócio vingar ou quebrar. Pois é. Quanta responsabilidade e protagonismo. Por isso a importância de conhecê-lo além das métricas triviais.
O cliente pode dizer muito mais sobre o seu negócio do que você imagina. Por onde ele anda, por quais sites navega, sobre o que se interessa... Enfim, tudo isso cria um mundo de oportunidades — seja para desenvolver novos produtos ou até mesmo refinar estratégias de venda, tanto no ambiente físico quanto digital.
Se antes os grandes indicadores de uma loja passavam por GMV (Volume Bruto de Mercadorias) e Faturamento, hoje existem muitos outros KPI's a serem analisados. E, claro, que precisam estar combinados com outras variáveis para abranger uma análise como um todo. O grande segredo está nas equações a serem formadas olhando também para comportamento. Do básico — número de cupons dividido por fluxo = taxa de conversão — até entender jornada. Afinal, segundo dados da Nordstorm, 50% das vendas em lojas envolvem interações digitais e mais de ⅓ das vendas online envolvem contato com lojas físicas. Ou seja, a gestão não pode ser feita a partir de canais, mas sim a partir de clientes!
Pois bem. Há algum tempo tenho ouvido e lido que os dados são o novo petróleo. Mas, parafraseando Eduardo Terra (presidente da SBCV) no último evento sobre NFR 2020, assim como o petróleo precisa ser refinado para atingir seu potencial máximo de precificação, o mesmo acontece com as informações. Elas vêm sujas, mas quando apuradas e aprimoradas são uma riqueza poderosa e estratégica.
É uma agenda que já entrou oficialmente em pauta com a criação de departamentos dedicados, como analytics e data science. Tudo para ter mais compreensão, agilidade e assertividade nas tomadas de decisão. Principalmente quando relacionadas à gestão operacional, pois impactam diretamente na conexão entre cliente e venda. Segundo o Gartner, o custo para recuperar um consumidor é 20% maior do que para mantê-lo — ou seja, é justamente a experiência que traz fidelização.
Comentários